Nota do Editor - A caravana passa
Texto de 25 de abril de 2020. Republicado, infelizmente, por necessidade.
Cultura é representatividade e cultura é voz que ecoa através dos tempos e das pessoas. Neste sentido, as vozes normalmente suprimidas pelo mercado editorial¹ podem encontrar seus espaços em concursos, seleções e prêmios literários que façam um recorte social, cultural, geográfico ou identitário. Como desdobramento destas conquistas de espaços, haverá ainda outras pessoas que poderão escutar essas vozes e encontrar um norte e inspiração, ao se deparar com outras pessoas com as quais se identificam, em contextos similares, alcançando publicações ou posições de destaque, na literatura² ou na sociedade em geral³.
Ademais, é preciso considerar que as editoras - e a literatura em si - têm toda a prerrogativa e liberdade para fazer recortes sociais e culturais, na tentativa de construir obras significativas e que tenham uma linha editorial coerente. E estas obras, por sua vez, podem ser construídas por grupos específicos, que vivenciam a questão em foco, ou por todos aqueles que tenham interesse em explorar outras realidades e perspectivas. Depende apenas de uma decisão editorial, de qual tipo de obra se almeja construir e qual o impacto social desejado entre autoras e autores, bem como entre leitoras e leitores. Portanto, é legítimo que as editoras publiquem seleções voltadas a grupos específicos de autores, buscando dar oportunidades aos que não tiveram.
Reitero o compromisso de divulgar todos os concursos que estiverem em conformidade com a Política Editorial deste blog, na qual constam, como princípios: "o incentivo à criação literária, a defesa da liberdade de expressão, a solidariedade e a empatia".
Ademais, é preciso considerar que as editoras - e a literatura em si - têm toda a prerrogativa e liberdade para fazer recortes sociais e culturais, na tentativa de construir obras significativas e que tenham uma linha editorial coerente. E estas obras, por sua vez, podem ser construídas por grupos específicos, que vivenciam a questão em foco, ou por todos aqueles que tenham interesse em explorar outras realidades e perspectivas. Depende apenas de uma decisão editorial, de qual tipo de obra se almeja construir e qual o impacto social desejado entre autoras e autores, bem como entre leitoras e leitores. Portanto, é legítimo que as editoras publiquem seleções voltadas a grupos específicos de autores, buscando dar oportunidades aos que não tiveram.
Reitero o compromisso de divulgar todos os concursos que estiverem em conformidade com a Política Editorial deste blog, na qual constam, como princípios: "o incentivo à criação literária, a defesa da liberdade de expressão, a solidariedade e a empatia".
Os livros mudam o mundo... E eu acredito que ninguém que acompanhe este projeto discorde disso. Podemos discordar em relação aos meios e caminhos para estas mudanças; e, neste contexto, estarei sempre aberto a todas as manifestações, desde que sejam respeitosas e pautadas em argumentação coerente. Entretanto, destaco que não vou dar vez e voz, nas redes deste projeto voluntário, para quem busca se apropriar dos espaços deste projeto ou da bandeira de "defensor da liberdade de expressão" para tentar propagar delírios supremacistas, machistas, LGBTfóbicos, entre outras visões de mundo excludentes e intolerantes.
Que os cães busquem outro lugar para ladrar, pois aqui a caravana terá sempre passagem livre.
Abraços,
Rodrigo Domit
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Complementos:
¹ https://revistacult.uol.com.br/home/quem-e-e-sobre-o-que-escreve-o-autor-brasileiro
² https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story/transcript?language=pt
² https://www.ted.com/talks/chimamanda_ngozi_adichie_the_danger_of_a_single_story/transcript?language=pt
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| Imagem: banner do Instituto Polis sobre a baixa representatividade no Legislativo |
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