Feira Pan-Amazônica do Livro abre inscrições para escritores paraenses
Publicado no portal do G1
Escritores que queiram participar do Estande do Escritor Paraense na 17ª Feira Pan-Amazônica do Livro, que ocorre em abril deste ano, em Belém, já podem solicitar, pelo e-mail escritoresparaenses@hotmail.com, as informações necessárias.
A expectativa, segundo o coordenador do espaço, o escritor Cláudio Cardoso, é que, neste ano, mais de 200 escritores e 600 títulos sejam colocados à disposição do público. Segundo Cláudio, que também é diretor da União dos Escritores da Amazônia (Ueama), a ideia é trazer para o evento o máximo possível de escritores de fora da Região Metropolitana de Belém.
“Sabemos que a maior quantidade de escritores se concentra em Belém e região, mas esse Estado é tão grande que desejamos muito ver gente de outros locais aqui. Já contatamos pessoas de Santarém, Bragança e Cametá. Esperamos que elas possam trazer suas obras, fazer lançamentos e noites de autógrafo”, explicou.
Para ele, o Estande do Escritor Paraense é um espaço privilegiado dentro de um evento já consagrado e precisa ser usado pelos escritores locais. “Temos um espaço gratuito. Este ano, estamos informatizando o estande, instalando um programa que vai ajudar a controlar as vendas, pois nossa maior preocupação é com a prestação de contas”, detalhou.
Cláudio Cardoso acredita que, hoje, a principal dificuldade do escritor é a distribuição dos livros. “Podemos até produzir, mas precisamos fazer com que esse livro chegue até as pessoas, ao mercado. Que bom seria se as prefeituras pudessem adotar os livros em sala de aula, levar os escritores até lá, o que, certamente, contribuiria também para a formação de leitores”, sugeriu.
Encontro de Cordelistas
Entre as atividades programadas para o Estande do Escritor Paraense está o 3º Encontro de Cordelistas da Amazônia, evento que teve grande repercussão na última edição da Feira e que, por isso, vai ser retomado. A iniciativa vai incluir palestras, debates e oficinas.
“Embora muita gente não saiba, o Pará tem uma forte tradição de cordel, até porque recebemos aqui muitos nordestinos ao longo da nossa história. Eles trouxeram consigo essa tradição, que aqui ganhou raízes e se firmou”, diz o escritor.
“Quem nunca ouviu falar na editora Guajarina e toda a produção que ela fez em cima do cordel aqui no Pará, ou da fabulosa coleção de cordéis do professor Vicente Salles, a qual foi doada para a Universidade Federal do Pará (UFPA)? Queremos incentivar ainda mais a produção, pois o cordel é uma literatura fácil de fazer, barata e que tem um apelo muito forte, especialmente junto às crianças e jovens”, finalizou Cláudio Cardoso.