Notícia - Rubem Fonseca recebe o Prêmio Ibero-Americano Manuel Rojas
Agência EFE
O escritor Rubem Fonseca foi o vencedor da primeira edição do Prêmio Ibero-Americano de Narrativa "Manuel Rojas", promovido pelo governo do Chile, informou nesta sexta-feira, 28, o Ministério da Cultura chileno.
O prêmio tem como objetivo destacar a criação literária de um autor ibero-americano e leva o nome do escritor chileno Manuel Rojas (1896-1973), um dos mais consagrados e prolíficos autores do país.
A premiação equivale, no campo da narrativa, ao Prêmio Ibero-americano de Poesia Pablo Neruda, adotado em 2004 e, da mesma forma que ele, oferece a quantia de US$ 60 mil ao vencedor.
O ministro da Cultura, Luciano Cruz-Coke, que participou do júri, destacou a relevância de Fonseca (Minas Gerais, 1925), autor de aproximadamente 50 romances e livros de contos que lhe garantiram reconhecimento internacional desde 1973, quando publicou O Caso Morel.
Antes já havia publicado várias coleções de contos e alguns romances, entre eles o elogiado Lúcia McCartney (1967).
Fonseca "influenciou fortemente" a narrativa Ibero-Americana, com um olhar sempre atento e crítico à realidade social contemporânea, afirmou Cruz-Coke.
Esse aspecto, para o ministro chileno, emparelha sua obra com a de Manuel Rojas, e por isso o prêmio também é uma forma de homenagear o autor que o batiza.
"Temos certeza de que esse prêmio fortalecerá ainda mais as relações culturais com o Brasil e permitirá uma maior difusão da literatura desse país irmão", apostou o titular da pasta.
A Grande Arte (1983), Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos (1988) e Agosto (1990) são as principais obras de Fonseca no século passado, enquanto Diário de um Fescenino (2003), O Seminarista (2009) e José (2011) se destacaram nos últimos anos.
Na literatura, Rubem Fonseca já havia recebido o Prêmio Camões (2003), o mais prestigiado em língua portuguesa, e o Prêmio FIL Guadalajara 2003.
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